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#Recomendo: Escolinha do Professor Raimundo - Nova Geração

  • Silas Pessoa
  • 2 de jan. de 2016
  • 4 min de leitura

Você deve estar pensando agora: "O Silas não tem mais nada de importante para escrever no início do ano, um novo tempo que começou?". E eu respondo, meu caros: NÃO.

Tá, é mentira. Até tenho, mas queria muito comentar sobre esse programa, um clássico das tardes globais e que está sendo homenageado atualmente por outros atores. Talentosíssimos, por sinal!

Assistia a antiga versão e percebi que a nova ficou muito bem adaptada. Sim, eu gostei e recomendo! Sem muitas delongas, falarei brevemente de cada um.

Bruno Mazzeo (Professor Raimundo)

Seria loucura de minha parte compará-lo ao pai (Chico Anysio), mas admito que a aparência física e a postura mais sóbria do próprio personagem ajudam o Bruno a executar um bom papel.

Marcelo Adnet (Rolando Lero)

Embora eu seja suspeito para falar (sou fã do Adnet), minha extrema sinceridade é ainda maior que minha admiração. A facilidade em imitar tornou a homenagem de Adnet ainda mais bonita. Olho para este Rolando Lero e consigo lembrar do antigo, interpretado pelo Rogério Cardoso. Show!

Dani Calabresa (Catifunda)

A Dani está fenomenal! Praticamente incorporou a Zilda Cardoso! Até a puxada no 'R' é comum entre a personagem e ela. Engraçada, espontânea... Atriz de mão cheia!

Lúcio Mauro Filho (Aldemar Vigário)

Mais um puxa-saco do professor Raimundo Nonato muito bem representado pelo Lúcio. Até a rouquidão na voz do pai (Lúcio Mauro quem interpretava na versão antiga) ele reproduz. Muito bom!

Mateus Solano (Zé Bonitinho)

Um dos que mais me surpreenderam por dois motivos: primeiro, não é um personagem fácil de se interpretar, pois possui muitas "marcas". Segundo, o ator escolhido não é um humorista, mas consegue arrancar risos facilmente. Mateus está de parabéns e os roteiristas também. A versão atual do 'perigote das mulheres' está avassaladora. Lembra sim o Zé Bonitinho do grande Jorge Loredo.

Marcos Caruso (Seu Peru)

Caruso é experiente. A cada episódio, transparece claramente um estudo minucioso que fez do personagem. Por vezes me recordo do Orlando Drummond, antigo intérprete.

Rodrigo Sant'anna (Batista)

Não sou contra improvisos, até curto, mas no caso do personagem Batista, acho que os improvisos e incrementos em cima do personagem estragaram um pouco a identidade dele. Enquanto na versão antiga o Batista é um rapaz estudioso, que apenas troca o nome de algumas palavras por conta de entender erroneamente o professor Raimundo, o Batista na nova escola tem uma paixão desmedida pelo professor Raimundo, e foca suas aparições nisso.

O Rodrigo é ótimo, mas os roteiristas deveriam pensar melhor no que estão fazendo com o personagem, na minha opinião, mais engraçado na pele do Eliezer Motta.

Ângelo Antônio (Joselino Barbacena)

Mais um que me causou surpresa por não ser humorista e realizar uma ótima interpretação. O Antônio Carlos Pires - antigo Barbacena - está sendo muito bem representado!

Fernanda Souza (Tati)

Já faz anos que a Fernandinha vem se aventurando na área do humor, se saindo até bem com os personagens que lhe são dados, e com a Tati (antes interpretada pela Heloísa Perissé) não está sendo diferente. Bem bacana!

Otaviano Costa (Ptolomeu)

O Otaviano é demais, cara. Se adaptou e homenageou muito bem o Nizo Neto, o Ptolomeu da antiga escola.

Betty Gofman (Dona Bela)

Juro que eu, como responsável pela escolha do elenco, não saberia quem escolher para este papel, mas a Betty está um arraso! Mandando muito bem! A Zezé Macedo ficaria orgulhosa, tenho certeza.

Otávio Muller (Baltazar da Rocha)

Nenhum outro ator poderia encarnar tão bem o Baltazar como o Otávio (tirando o Walter D'Ávila, claro). É uma daquelas partes em que o telespectador sabe que vai rir!

Marco Ricca (Pedro Pedreira)

Francisco Milani era um daqueles atores que a vontade de rir vinha só de olhar pra ele. Embora o Marco não tenha essa "veia humorística", sua interpretação não deixa tanto a desejar, mas poderia ser melhor.

Marcius Melhem (Seu Boneco)

Sensacional! Toda a experiência do Marcius foi colocada à prova e ele não decepcionou. Uma baita homenagem ao Lug de Paula, antigo intérprete.

Fabiana Karla (Cacilda)

A primeira impressão que tive quando fiquei sabendo que a Fabiana Karla iria ser a Cacilda, fiquei meio apreensivo, afinal, a Cacilda pra ser engraçada precisa ser natural, mesmo com toda a travessura, digamos assim. Pois foi só assistir a primeira participação para crer que a personagem estava em boas mãos. A Cláudia Jimenez deve estar muito feliz!

Kiko Mascarenhas (Galeão Cumbica)

Mais um que nunca passaria em minha mente para esta nova geração da escolinha, ainda mais interpretando o Galeão Cumbica, um personagem com marcas únicas e imortalizado pelo Rony Cócegas. O Kiko me deixou surpreso e satisfeito, levando em conta a dificuldade de representar o engraçadíssimo piloto. Por sinal, um ator que vem me surpreendendo desde o primeiro contato que tive, com o longa e a continuação de "Até que a sorte nos separe".

Maria Clara Gueiros (Cândida)

Algumas adaptações/atualizações no roteiro e pronto, a doce e inocente Cândida, antes interpretada pela Stella Freitas, se tornou ainda mais engraçada na pele da Maria Clara Gueiros. Gostei!

Ellen Rocche (Capitu)

Também com alguns pequenos detalhes alterados no roteiro, a Capitu vem sendo bem interpretada pela Ellen, assim como também era pela Cláudia Mauro.

Evandro Mesquita (Armando Volta)

Se o Evandro atuasse mais naturalmente, seria o David Pinheiro de novo. Sinto ele ainda meio preso ao roteiro, com dificuldade para improvisar, o que torna o personagem mecânico, até na hora de pronunciar a tão famosa marca "sambarilove". Não compromete, mas lhe tira o 10.

Fernanda de Freitas (Marina da Glória)

A Fernanda - embora também não tenha a tal "veia humorística" - não está fazendo feio. É uma bela homenagem à Tássia Camargo.

No geral, a nova geração da Escolinha do Professor Raimundo está de parabéns! Pequenas observações não estragam esta bela homenagem ao projeto que fez tanto sucesso e alegrou tantos brasileiros por anos! Outro detalhe que me chamou muito a atenção foi a aparência física de alguns personagens com seus novos intérpretes. Alguns ajudados pelo figurino, outros pela semelhança no jeito de falar, andar e se comportar.

Acredito que pode ir além. O roteiro está bem adaptado. Apenas senti falta de alguns personagens que não se encontram aí e que também foram marcantes, como o nordestino Bertoldo Brecha, por exemplo, interpretado pelo Mário Tupinambá, falecido em 2010. Recomendo e muito! Logo abaixo tem um dos capítulos, caso queiram conferir!

E segue o fluxo!

 
 
 

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